O papel da ciência na Fisioterapia Esportiva
O PAPEL DA CIÊNCIA NA FISIOTERAPIA ESPORTIVA
A Fisioterapia Esportiva sempre foi uma área de destaque no cenário de Reabilitação e, com a passagem da Copa do Mundo de Futebol e Jogos Olímpicos, alcançou um patamar jamais visto antes. Além disso, o trabalho de excelência desenvolvido por vários profissionais tem tornado o Fisioterapeuta uma figura essencial e uma das mais importantes antes, durante e após qualquer competição ou atividade esportiva. Nosso conhecimento de traumatologia do esporte, de recursos como cinesioterapia, eletrotermofototerapia, terapia manual e, principalmente biomecânico tem acelerado a resolução ou até mesmo resolvido uma série de distúrbios ortopédicos encontrados em atletas, sejam de origem traumática ou por sobrecarga. Entretanto, apesar de atuarmos diretamente sobre uma ampla variedade de lesões musculoesqueléticas, o trabalho preventivo, além da melhora do gesto esportivo, têm sido nosso objetivo principal de atuação em atletas de alto rendimento, atletas amadores e até mesmo recreacionais.
Uma vez que a sedimentação da prática do Fisioterapeuta na população e principalmente no ambiente esportivo foi alcançada, precisamos continuar evoluindo e progredindo na qualidade do atendimento oferecido. Neste contexto, acreditamos que um melhor embasamento científico, ou seja, a prática baseada em evidências (PBE) deve ser o presente e pode ser o futuro para selecionar os melhores profissionais e quem fica ou não nos melhores cargos na área esportiva. Atualmente, temos dois perfis de profissionais que atuam nesta área. O primeiro é o profissional clínico que atua no esporte com muita experiência prática, porém que deixou completamente a área acadêmica e científica de lado, sem se preocupar na atualização de conceitos e terapias. Já o segundo é o profissional mais acadêmico, que está sempre atualizado em termos de embasamento científico, inclusive praticando pesquisa, porém, distante da prática clínica. Acredito que o Fisioterapeuta Esportivo precisa adquirir esta experiência e vivencia clínica, sem deixar de lado o conhecimento cíclico que a literatura científica nos traz. Este profissional precisa parar de atender o atleta de forma empírica, com conceitos ultrapassados de sua época de formação. Precisamos usar mais a ciência nas tomadas de decisão clínica.
Este conceito ou modelo de terapeuta é muito encontrado em países como EUA, Austrália e Canadá, porém tenho acompanhado uma enorme evolução em nosso país, muito estimulada por sociedades como a SONAFE, ABRAFITO, entre outras. Temos um número grande de revistas ou periódicos na área de Reabilitação Esportiva e Ortopédica como JOSPT, AJSM e IJSPT, com acesso livre a todos. Nós melhoramos muito neste panorama, bastando observar o elevado número de congressos, simpósios e reuniões clínicas com discussões de casos espalhados pelo país. Por fim, a chave do sucesso pode estar na mescla de um bom profissional clínico que se atualiza constantemente. Invista no seu currículo sempre!!!!